Fico pensando em alguns momentos o que as pessoas pensam da vida. Sim, da vida, literalmente. Quais são seus objetivos? Seus objetivos são somente seus ou são ideias pré-concebidas pelo sistema como um ideal de felicidade? O que de fato pode significar a nossa existência? Do âmago do meu ser tiro forças para acreditar que há uma justiça regendo toda essa bagunça de ideologias e convicções baratas que servem apenas de pretexto para conflitos de qualquer espécie.
Mas continuo me perguntando: o que é justiça? Interação humana com estado de equilíbrio e imparcialidade entre riquezas, interesses e oportunidades. Isso é o que o dicionário diz. É realmente uma definição esclarecedora. Mas isso existe no mundo em que vivemos? Olhe ao seu redor, sem preconceitos, sem conceitos preliminares, depois olhe mais um pouco. Claro que não existe. E talvez nunca tenha existido.
Se não existe justiça no mundo dos “vivos” poderá ela existir no mundo astral? De que forma e quais mecanismos são utilizados para fazer valer a condição de justiça entre as almas ou espíritos não encarnados? A grande resposta dessa pergunta está na causa e não no efeito. Deus é justiça. Esta, inclusive, é uma de suas principais virtudes. Se é possível alguém enganar seus semelhantes, ninguém pode subtrair à Justiça Divina.
Muitos não acreditam na Justiça Divina ou mesmo na existência de Deus. Essas pessoas alegam que se de fato o mundo fosse regido por uma força maior soberana e justa, muitas pessoas não estariam passando fome, sem abrigo, enfim, sem as mesmas oportunidades de desenvolver suas habilidades e sua conduta, comparadas a outras pessoas que recebem isso de berço. É realmente triste observarmos a desigualdade que existe em nosso mundo e o descaso das autoridades em lidar com esse problema gravíssimo. Mas isso nada tem a ver com Deus. É obra do próprio homem.
Se analisamos com cuidado e sem preconceito a teoria da reencarnação, presente em muitas religiões, encontramos o verdadeiro significado da palavra justiça. O homem colherá aquilo que plantou e essa lei se estende e se acumula ao longo das diversas existências que já transitamos. A lei do progresso esclarece essa teoria, afirmando que o grande objetivo do homem é evoluir até o ponto máximo e, com efeito, poder realmente conhecer a essência de Deus e ajudar outras almas que seguem pelo mesmo percurso.
A reencarnação elucida questões desde a mais complexa até a mais cotidiana. Ela é um alento para aqueles que só enxergavam seus problemas através da materialidade e não de sua raiz. A raiz de todas as explicações está dentro de si próprio, a felicidade e os bons frutos ou a tristeza e os maus frutos são correspondentes aquilo que se construiu na vida atual e nas predecessoras. Isso é inexorável, e não deixa margem para divergências.